DRAP Algarve visitou as obras de reabilitação e modernização do Aproveitamento Hidroagrícola de Silves, Lagoa e Portimão.
Recentemente, a Direção Regional de Agricultura e Pescas do Algarve (DRAP Algarve) realizou uma visita às obras de reabilitação e modernização do Aproveitamento Hidroagrícola de Silves, Lagoa e Portimão, um dos mais antigos do País (data de conclusão em 1956) e cuja área em exploração ronda os 2.300 hectares.
A distribuição da água neste perímetro de rega público, um dos três existentes no Algarve, e que conta com mais de 1.400 beneficiários (regantes), era até há pouco tempo exclusivamente gravítica, através de canais a céu aberto, apresentando por isso elevadas perdas de água, nomeadamente por evaporação e por infiltração devido às fugas existentes nas redes de distribuição primária e secundária.
Com as profundas obras de reabilitação em curso, financiadas pelo Programa Nacional de Regadios, a breve trecho todo o perímetro de rega (Blocos de Lagoa e de Silves) passará a ser servido por sistemas pressurizados, sendo o fornecimento de água feito a pedido, com uma poupança muito significativa de água por via da minimização das perdas.
Esta visita, feita conjuntamente com membros da direção da respetiva associação de regantes, incidiu sobre os trabalhos que estão a decorrer para a reabilitação do Bloco de Lagoa, com 1.300 hectares, num investimento total de 11.000.000,00€.
Tivemos oportunidade de constatar in loco que se encontram praticamente concluídos os trabalhos das empreitadas de construção do depósito de regularização com 40.000 m3 de capacidade, das 2 estações elevatórias e de cerca de 80 km de condutas enterradas. Depois de concluídos estes investimentos, estima-se poupar até 2,5 hm3, ou seja metade do volume de água que se utiliza hoje em dia no Bloco de Lagoa.
Os projetos futuros da Associação de Regantes e Beneficiários de Silves, Lagoa e Portimão passam pela instalação de painéis fotovoltaicos flutuantes (instalados sobre a superfície dos reservatórios existentes) para promover a transição energética para fontes renováveis e garantir a autossustentabilidade na alimentação das estações elevatórias.
“Considerando a importância que o regadio tem para a agricultura em Portugal e pretendendo dar continuidade ao Programa Nacional de Regadios (PNRegadios) em curso, a Ministra da Agricultura, Maria do Céu Antunes, determinou a elaboração de um estudo de âmbito nacional, tendo em vista o levantamento das necessidades de investimento e do potencial de desenvolvimento do regadio coletivo eficiente, num período de investimento até 2030.”
Neste seguimento a DRAP Algarve reuniu ontem com a equipa técnica da EDIA - Empresa de Desenvolvimento e Infra - estruturas do Alqueva, S.A., coordenadora do estudo, para avaliar as potencialidades e estratégias de promoção do regadio agrícola na região do Algarve.
No período da tarde a DRAP Algarve e a EDIA reuniram com a Associação de Regantes e Beneficiários de Silves, Lagoa e Portimão (ARBSLP) e com a Associação de Regantes e Beneficiários de Alvor (ARBA), em visita às obras a decorrer no Perímetro Hidroagrícola da Silves, Lagoa e Portimão.
O PNRegadios, que arrancou em 2018 com uma dotação de 560M€, veio reforçar os instrumentos de apoio ao investimento no regadio, particularmente no que respeita às componentes de reabilitação e modernização de regadios e de construção de novas áreas a regar.
Em 2023 entrará em vigor a próxima fase do programa, que prevê um investimento de 750 milhões.
A DGAV e a DRAP Algarve, em conjunto com os citricultores algarvios preparam um plano estratégico regional para o controlo integrado da mosca da fruta. Este plano visa desenvolver um conjunto de ações e formas de luta a implementar de forma a apoiar um mais eficiente e sustentável controlo desta praga.
Para este plano é fundamental conhecer melhor a citricultura algarvia, nomeadamente as variedades plantadas e a idade dos pomares. Também é importante recolher-se informação relativa a outras culturas hospedeiras da Ceratitis capitata.
A informação recolhida é fundamental para apoio à elaboração de mapas de risco de suporte à tomada de decisão sobre as medidas fitossanitárias a aplicar e quando. Contamos assim com o apoio dos citricultores e produtores de outras culturas hospedeiras para este levantamento, com a resposta a este questionário.
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