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Com o objetivo de divulgar e promover a transformação que a agricultura algarvia está a vivenciar e que acompanha também a evolução deste setor estratégico para o desenvolvimento socioeconómico da Europa, a Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional (CCDR) do Algarve, I.P. – Agricultura e Pescas, com o apoio da Rede Rural Nacional e em parceria com o setor agroalimentar algarvio, está a promover uma campanha de vídeos curtos que narram, em primeira pessoa, casos de sucesso de investimentos apoiados por fundos europeus. Hoje damos a conhecer a Luís Sabbo, Frutas do Algarve Lda., uma empresa de produção e comercialização de fruta, com sede em Tavira. – ver VÍDEO.


A Luís Sabbo é uma das PME’s (micro, pequenas e médias empresas) de sucesso na região algarvia, tendo inclusive conquistado o Estatuto de PME Líder, em 2018. Da sua produção destacam-se o dióspiro, em que foram pioneiros no Algarve, e a romã Acco, uma variedade mais doce e com sementes mais suaves, conhecida como “romã sem sementes”.

As origens da Luís Sabbo – Frutas do Algarve Lda. remontam à década de oitenta do século passado. Com sólidos pilares no conhecimento transmitido entre gerações, associado ao saber e à inovação no campo da agricultura, a Luís Sabbo – Frutas do Algarve tem vindo a aumentar a produtividade ao longo dos últimos anos, bem como as áreas de produção, os recursos humanos e também a carteira de clientes.

A adoção de novas tecnologias de produção e pós-colheita, como a recente aquisição do equipamento de calibração de dióspiros, romãs e outros frutos redondos, tem sido um dos principais fatores para o aumento da competitividade da empresa. Este avanço é complementado pelas certificações Global G.A.P., GRASP, Portugal Sou Eu, Produção Integrada e Zerya (em implementação), que reforçam o compromisso com a qualidade e a sustentabilidade.

A convite do Município de Silves a Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional (CCDR) do Algarve, I.P. participou ativamente este fim-de-semana na 9.ª Mostra Silves Capital da Laranja, uma iniciativa promovida pelo Município que pretende destacar e promover a citricultura que se faz no Algarve e no Concelho.

O Algarve é a principal região produtora de citrinos em Portugal, com cerca de 88% da produção do país localizada neste território. É, portanto, um dos principais ativos da economia e da agricultura da região e sobre o qual gravitam os principais desafios em termos de sustentabilidade, eficiência de recursos hídricos e competitividade.

Com a presença do presidente da CCDR Algarve, I.P., José Apolinário, na abertura desta 9.ª Mostra Silves Capital da Laranja, os principais focos da participação CCDR Algarve foram os seminários e conferências da iniciativa, que reuniram e debateram um conjunto de tópicos que movem os investidores do setor, nomeadamente:

  • “Conferência XXI”, onde foram apresentados dois painéis técnicos desta entidade - “Pragas e doenças emergentes na cultura dos citrinos”, por Sandra Germano, e “Plataforma de avisos de rega (PARE)”, por José Carlos Tomás. Tendo a água como cerne dos desafios da agricultura no território português, foi trazida a debate a estratégia nacional para o setor da água.
  • Debate “Micro, Pequenas e Médias Empresas: Que apoios? Que instrumentos Financeiros? Que incentivos?”, com a participação de Aquiles Marreiros, Vogal executivo do Programa Regional ALGARVE 2030 que transmitiu informação útil para a apresentação de candidaturas por parte das micro e Pequenas e Médias Empresas;
  • Seminário “As Alterações Climáticas e a Citricultura”, com a participação do vice-presidente da CCDR Algarve, Pedro Valadas Monteiro, centrado na sustentabilidade e competitividade da citricultura na região algarvia, numa iniciativa promovida CCDR Algarve e pelo projeto PRR Agro+Eficiente.

Com identidade reconhecida a nível nacional e pela União Europeia com a distinção de “Citrinos do Algarve” – Indicação Geográfica Protegida (IGP), fruto do empenho das empresas do setor e da sua interação com a investigação e serviços públicos da área da agricultura, os resultados da última campanha de citrinos, onde se projetam as tendências para o próximo ano, apontaram para um aumento de produção na ordem dos 10% em relação à média dos anos anteriores, sendo expetável que o crescimento se mantenha no próximo ano, aportando um peso significativo à economia regional, com um volume de negócios anual de cerca de 388 milhões de euros. 

Para além de abastecer o mercado nacional, os citrinos produzidos no Algarve são dos frutos mais exportados por Portugal. Em 2023, as exportações destes produtos ultrapassaram os 197 Milhões de Euros (M€), mais 10,4 M€ do que no ano anterior.

O Projeto Revitalgarve esteve presente no Festival das Amendoeiras em Flor do Algarve, realizado nos dias 31 de janeiro, 1 e 2 de fevereiro, em Alta Mora, Castro Marim, dando a conhecer aos seus visitantes as atividades desenvolvidas, promovendo experiências enriquecedoras ligadas à gastronomia regional e às boas práticas agrícolas.

A programação incluiu demonstrações gastronómicas conduzidas pela Escola de Hotelaria e Turismo de Vila Real de Santo António, uma degustação de enchidos de ovelha churra algarvia, apresentada pela Universidade do Algarve, e uma visita técnica às explorações Bagasil (produção de medronho certificado em Modo de Produção Biológico - MPB, destinado à produção de fruto e destilação), onde foram evidenciadas a importância da utilização de boas práticas agrícolas na instalação do pomar e de técnicas culturais na condução e manutenção do medronhal, o seu valor paisagístico e ecológico, e Agro FF (exploração agropecuária focada na criação de ovelhas churras algarvias, certificada em MPB, para a produção em extensivo de carne de qualidade dirigida à restauração local).

O Vice-Presidente da CCDR Algarve, I.P., Pedro Valadas Monteiro, esteve presente na cerimónia de inauguração do Centro de Dinamização das Cumeadas do Nordeste, na Corte Pequena (Castro Marim), evento presidido pelo Presidente do Município de Castro Marim, Francisco Amaral.
 
Momento feliz, em que uma antiga escola primária foi requalificada e irá ser devolvida à comunidade e ao território para dar vida a um centro de dinamização, com um investimento total de mais de 140 mil euros, com parte do valor suportado por uma candidatura ao PDR 2020.
 
Os principais objetivos passam por valorizar e divulgar os valores paisagísticos e patrimoniais associados ao espaço rural, combater o avanço do fenómeno da desertificação e despovoamento do interior do território e sensibilizar a comunidade para a identidade do seu património arquitetónico, histórico, natural e cultural, a par da promoção dos recursos endógenos.
 
Esta nova estrutura irá incluir um espaço de apoio a produtores agrícolas e ao desenvolvimento rural, além da dinamização de atividades turísticas como percursos pedestres, visitas a explorações agrícolas e disponibilização de informação a quem visita o território, tendo como parceiro, para a sua dinamização, a recentemente criada cooperativa Guadimonte.