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Foi apresentado, no dia 6 de novembro de 2024, na Faculdade de Economia, da Universidade do Algarve UAlg, o 5.º Balanço da Campanha de Citrinos, uma iniciativa organizada pela AlgarOrange, em parceria com o Centro Operativo e Tecnológico Hortofrutícola Nacional – Centro de Competências COTHN. A iniciativa contou com a abertura do presidente da CCDR Algarve, I.P., José Apolinário, e do presidente da AlgarOrange, José Oliveira, e da secretaria-geral do COTHN, Carmo Martins.

Este balanço de campanha é um dos momentos mais aguardados pelos profissionais do setor citrícola, onde se discutem os resultados da última campanha de citrinos e se projetam as tendências para o próximo ano. A AlgarOrange, estima em 10% o aumento de produção do setor na campanha que terminou em setembro (2023-2024), em relação à média dos anos anteriores.

Este ano, o evento contou com uma reflexão aprofundada sobre o uso eficiente da água, um recurso vital para a agricultura, especialmente num contexto de alterações climáticas. Especialistas do setor partilharam estratégias e soluções para uma gestão mais sustentável da água, avalizando uma produção que não comprometa os recursos naturais.

A iniciativa abordou também o crescimento das pequenas e médias empresas (PMEs) no setor agrícola, os desafios da comercialização num mundo em constante mudança e a importância da comunicação na agricultura, com especial destaque para a iniciativa B-RURAL.

A sessão de encerramento contou com Diana Tereso Ferreira, vice-presidente da AlgarOrange e Pedro Valadas Monteiro, vice-presidente da CCDR Algarve, que salientou os desafios da região para uma gestão mais eficiente e inteligente da água, sublinhando que o Algarve é a região onde mais se investe em sistemas de rega inteligente.

 

No dia 31 de outubro realizou-se a primeira reunião do Conselho Consultivo em Castro Verde que contou com a presença da maioria dos membros do Conselho Consultivo, tendo sido aprovado o seu regimento de funcionamento e nomeados como Presidente, Vice-Presidente e Secretário deste Órgão, o Presidente da Câmara Municipal de Almodôvar, António Bota, na qualidade de representante da Comunidade Intermunicipal do Baixo Alentejo (CIMBAL), o Presidente da Associação de Beneficiários do Plano de Rega do Sotavento Algarvio, Macário Correia, na qualidade de representante das Associações de Regantes do Algarve, e da Universidade do Algarve, Carla Antunes, na qualidade de representante das Instituições de Ensino Superior do Algarve, respetivamente.

Procedeu-se igualmente à criação de seis grupos de trabalho temáticos, tendo sido designados os coordenadores e as entidades que os integram, com vista a dinamizarem a execução das ações que constituem o Plano de Ação do ITI, ou outras consideradas prioritárias, gerando sinergias e promovendo a articulação entre entidades, para a preparação das candidaturas a apresentar aos Programas de Financiamento em função da maturidade dos projetos identificados.

Os referidos Grupos de Trabalho irão reunir-se no dia 10 de dezembro e ficou agendada nova reunião do Conselho Consultivo, a realizar em São Bartolomeu de Messines (Silves), para dar a conhecer as ações cuja prioridade e estado de maturidade permitam a apresentação de candidaturas aos Avisos já publicados e se sistematizem orientações a incluir em novos Avisos futuros.

O Conselho Consultivo formalizado a 9 de outubro, em Ourique, integra um conjunto alargado de organizações, como a Agência Portuguesa do Ambiente (APA) – Administrações das Regiões Hidrográficas do Algarve e do Alentejo, Instituto de Conservação da Natureza e das Florestas (ICNF), três Comunidades Intermunicipais, Universidade do Algarve e Instituto Politécnico de Beja, Associações para o Desenvolvimento Local (ADL), associações de regantes e organizações ambientais e terá como missão dinamizar projetos conjuntos, criar sinergias, apoiar e orientar a execução das ações do Plano de Ação, assegurando a sua consonância com as melhores práticas e as políticas ambientais aplicáveis, além de garantir uma visão ampla e participativa para o alcance dos objetivos do Plano de Ação.

ITI Água e Ecossistemas da Paisagem - Algarve e Alentejo une duas NUTS, duas regiões, duas CCDRs, dois Programas Regionais da política de coesão, numa cooperação que visa a promoção de estratégias integradas para a gestão sustentável dos recursos hídricos e ecossistemas de paisagem, em territórios, onde se identificam desafios, necessidades e recursos comuns, e envolve dezassete concelhos e cinquenta e nove freguesias.

O ITI, está enquadrado por uma Estratégia, compreende um Plano de Ação, cuja elaboração resultou da colaboração de entidades e associações que atuam no território, apresentando catorze projetos estruturantes que incidem sobre a proteção e a gestão dos recursos hídricos e dos riscos associados à água, e contribuem para aumentar a resiliência e reduzir as vulnerabilidades do território às alterações climáticas, aprofundar o conhecimento e disseminar a informação sobre os efeitos das alterações climáticas e seus impactes no território, nas pessoas e nos diversos setores de atividade.

Foram já publicados os Avisos Algarve-2024-35 e AT2030-2024-39, designados “Gestão de recursos hídricos. ITI Água e Ecossistemas da Paisagem - Algarve e Alentejo”, e a apresentação de candidaturas é agora o próximo passo, sendo que a dotação afeta à ITI Água e Ecossistemas da Paisagem é de 52,8 Milhões de Euros (M€), provenientes do Fundo Europeu de Desenvolvimento Regional (FEDER), repartidos por cada um dos Programas Regionais da seguinte forma: Programa Regional ALGARVE 2030 32,5M€ e Programa Regional Alentejo 20,3M€.

A Estação de Avisos Agrícolas do Algarve prepara e difunde avisos agrícolas para os principais inimigos do Abacateiro, Citrinos, Nespereira, Olival, Prunóideas e Vinha. A informação divulgada tem por base a realização de observações biológicas e fenológicas, permitindo através de interpretação técnica prever a ocorrência de risco de ataque dos inimigos das culturas.

É assim possível recomendar aos Agricultores a estratégia de  luta mais aconselhada para o seu combate dos principais inimigos destas culturas. Estas recomendações têm em consideração a otimização da aplicação dos meios de luta contra os inimigos das culturas, minimizando dentro do possível, os impactes negativos decorrentes da atividade agrícola, em especial os decorrentes da aplicação dos produtos fitofarmacêuticos.

Foi recentemente divulgada [31 de outubro] a Circular de Avisos Agrícolas n.º 8/2024, com informações/recomendações sobre as seguintes culturas / inimigos:

  • CITRINOS: Míldio ou aguado dos citrinos, podridões (doenças de conservação), mosca do Mediterrâneo, a traça do limoeiro e tripes e informações diversas sobre Citrinos em modo de produção biológico;
  • NESPEREIRA: Pedrado ou nódoa da nêspera;
  • OLIVEIRA: Gafa, olho de pavão e cercosporiose;
  • PRUNÓIDEAS: Cancro, crivado, lepra e moniliose.
  • ABACATEIRO/CITRINOS / NESPEREIRA / OLIVEIRA / PRUNÓIDEAS / VINHA: Caracóis e lesmas e Rato toupeira

Nesta Circular de avisos prestam-se ainda informações relacionadas com:

 
A assinatura do  Acordo de Colaboração para a Proteção e Utilização do Subsistema Vale do Lobo no aquífero Campina de Faro teve lugar a 29 de outubro em Loulé, na Biblioteca Municipal. Este acordo revela a vontade conjunta dos vários setores que utilizam água do aquífero (golfes, turismo, agricultura e espaços verdes públicos), de associações que atuam no local, assim como de entidades públicas  (APA Algarve, Câmara Municipal de Loulé, CCDR Algarve, I.P. - Agricultura e Pescas e Águas do Algarve SA) de colaborarem para definir e implementar medidas que permitam a proteção e a utilização sustentável do aquífero.
 
Constitui-se como um marco histórico na gestão da água subterrânea em Portugal, inaugurando um formato de gestão mais participativa, que poderá complementar/dar resposta às dificuldades de gestão das entidades públicas confrontadas com uma grande quantidade de captações estendidas pelo território.
 
Este acordo surge como uma iniciativa do projeto eGROUNDWATER (2020-2024; financiado pelo programa PRIMA Horizon 2020), coordenado pelo ISEG- Universidade de Lisboa e Universidade do Algarve UAlg. O aquífero Campina de Faro Subsistema Vale do Lobo, foi escolhido como experiência piloto desta gestão participativa por estar em situação de sobreexploraçao e com intrusão salina. No modelo de gestão participativa, um coletivo intersectorial e interinstitucional trabalhará em conjunto para conceber novas regras de gestão que suportem a sustentabilidade do aquífero e a equidade dos usos.